O centro cirúrgico constitui uma das unidades mais complexas da instituição hospitalar, gerando constante preocupação com a saúde dos pacientes e dos profissionais que atuam neste local. Os geradores de energia, como os bisturis elétricos e os dispositivos ultrassônicos, são amplamente utilizados em procedimentos cirúrgicos, com o objetivo de minimizar o sangramento intraoperatório. Entretanto, a hemostasia está associada à produção de fumaça, que pode agir de forma prejudicial ao organismo daqueles que utilizam o equipamento.
Atualmente, 95% das cirurgias utilizam algum tipo de energia associada à produção de fumaça. Além dos compostos químicos, que podem apresentar efeitos cancerígenos, a inalação de fumaça pela equipe cirúrgica pode gerar problemas respiratórios e carrear partículas de tecido, sangue, vírus (HIV, HPV, hepatite etc) e bactérias, sendo assim fonte de contaminação para aqueles expostos a mesma.
Uma vez que a máscara cirúrgica não é suficiente para filtrar todas as partículas potencialmente perigosas, dispositivos para aspiração de fumaça tem sido utilizados para reduzir os riscos na sala cirúrgica.
A utilização do insuflador é simples e funcional, envolve a conexão do equipamento com o trocarte, o insuflador e o gerador de energia. O objetivo é a comunicação entre os equipamentos envolvidos na laparoscopia, para que funcionem de forma combinada, permitindo a aspiração da fumaça com manutenção da estabilidade do pneumoperitônio de forma automática. O sistema também permite o acionamento através de pedal, em qualquer tempo, permitindo uma melhor visualização.
Fonte:
TRAMONTINI, C.C. et al. Composição da fumaça produzida pelo bisturi elétrico: revisão integrativa de literatura. São Paulo: Riv. Esc. Enf. USP, 2016
AL SAHAL O.S. et al. Chemical composition of smoke produced by high-frequency. Irish Journal of Medical Science, 2007
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