A Cirurgia Minimamente Invasiva é o atual padrão ouro em várias especialidades médicas e no tratamento de várias patologias. Entretanto certas questões técnicas necessitam ser aprimoradas, bem como o treinamento do cirurgião, que deve ser intensivo, fazendo com que ele tenha muita destreza ao abordar o paciente.
Uma importante peculiaridade técnica com relação à cirurgia minimamente invasiva, é a de que, quando um cirurgião passa a operar olhando para a Tela de um monitor, ele passa a enxergar duas dimensões possíveis, neste caso, as laterais. A noção de profundidade passa a não mais existir e para se ter tal noção, é necessário tocar as estruturas com os instrumentos.
E como poderia ser resolvida tal questão? E se a câmera vídeo endoscópica produzisse tal efeito? É exatamente o que modernas tecnologias a serviço de médicos e pacientes hoje possibilitam.
Vídeoendoscópios, ou seja, Instrumentos óticos que fazem a observação da cavidade abdominal ou mesmo nasal(seus diâmetros variam em função da aplicação), com sensores de imagem que criam o efeito 3D(como se fossem dois olhos eletrônicos) foram desenvolvidos para que o médico passe a ter a percepção de profundidade.
Com esta percepção devolvida (lembrando que os cirurgiões aprendem na faculdade a operar a céu aberto, com a visualização de profundidade preservada), os movimentos do cirurgião durante o procedimento, se tornam mais precisos, rápidos, fazendo com que um procedimento que já é extremamente seguro, se torne ainda mais.
Ponta do Vídeo Endoscópio 3D com os dois sensores
Para o médico praticamente em termos da cirurgia nada muda. Basta ter o vídeo Endoscópio, todo o set tradicional de Cirurgia Minimamente Invasiva e um monitor que exiba também imagens em 3 dimensões.
Faz-se o uso de óculos similares aos utilizados no cinema, e, pronto! O médico se sentirá “imerso” na cirurgia, e com maior precisão em suas ações.
Estudos realizados na Europa comprovam a diferença entre a realização de cirurgias laparoscópicas com sistemas em 3D, garantindo menor tempo cirúrgico e consequentemente, recuperação mais rápida do paciente.
Novas aplicações na videocirurgia com imagem em 3D, para cirurgias abertas, ou realizadas com microscópios, foram recentemente desenvolvidas, e em Breve estarão disponíveis no Brasil.
Cirurgias extremamente delicadas, como por exemplo, cirurgias neurológicas e de coluna, poderão ser beneficiadas com tal evolução. As mais sensíveis estruturas podem ser abordadas com maior segurança por conta da visão em 3D, e com a vantagem de uma ergonomia melhor, quando comparamos com o microscópio.
Novas tecnologias, novas dimensões... A busca incessante pela segurança e bem estar de pacientes e comunidade científica!
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