Assim como ocorreu em inúmeros segmentos, a área da saúde também foi afetada pelo avanço da digitalização. Hoje, é possível perceber mudanças de paradigmas quando se pensa nas tecnologias médicas: seja na forma como os especialistas prestam os seus serviços e, até mesmo, no posicionamento dos pacientes frente às suas necessidades clínicas.
Segundo o artigo Impactos engajamento do paciente no atendimento à saúde, do portal do Medicina S/A, atualmente, há uma postura muito mais participativa dos pacientes, que já chegam ao consultório informados sobre o que sentem e recorrem ao médico como um consultor. Essa tendência seguida pela saúde moderna tem evidenciado a influência das novas tecnologias na área médica, mas também acende o alerta sobre o papel dos profissionais de saúde.
Além do Brasil estar entre os maiores consumidores de conteúdos sobre saúde no mundo, o número de brasileiros que consultam o Google como primeira fonte de informação de saúde é de 26%, enquanto os que recorrem ao médico é de 36%, de acordo com um estudo realizado pela própria plataforma de busca. Seguindo essa linha, uma pesquisa publicada pelo Medical Journal of Australia apontou que a maioria dos "diagnósticos" extraídos de verificadores de sintomas on-line está errada.
É fato que a tecnologia proporciona mais autonomia e acentua o protagonismo do paciente frente às suas tomadas de decisão, porém, até mesmo o uso desses facilitadores deve ser feito com moderação e consciência, caso contrário, pisaremos em um terreno fértil para os autodiagnostico e, assim, teremos resoluções equivocadas sobre o que sentimos. É sempre válido lembrar: em caso de dúvidas, busque um médico de confiança.
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