De acordo com um levantamento feito pela Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital (SDB), mais de 7,5 milhões de atendimentos via telemedicina foram realizados no Brasil entre 2020 e 2021. O recurso cresceu de forma acelerada devido à pandemia. Foi uma maneira da população preservar os cuidados médicos mantendo o distanciamento social.
Do total de teleatendimentos feitos no período analisado pelo estudo, 87% foram de primeiras consultas. A pesquisa também apurou o quanto elas foram eficazes. Tal indicador constatou que as consultas avulsas, de pronto atendimento, foram eficientes em 91% das vezes e, assim, o paciente não precisou recorrer ao pronto-socorro. Em relação à faixa etária das pessoas que usufruíram desse serviço, 84% tinham entre 16 e 65 anos, 8% tinham 65 anos ou mais e 7% eram menores de 16 anos.
Segundo o portal VivaBem (Uol), o primeiro projeto de telemedicina do Brasil foi implementado no Hospital Albert Einstein, em 2012, em parceria com o Hospital Municipal M'Boi Mirim, no qual médicos intensivistas receberam suporte de especialistas em neurologia do Einstein para casos de AVC.
Três anos depois, o centro médico inaugurou o primeiro serviço de teleUTI junto ao Ministério de Saúde. Em 2019, havia apenas 18 médicos dedicados à telemedicina na unidade, mas um ano depois, em meio à pandemia, esse número saltou para 180 profissionais e mais 20 intensivistas. Em paralelo, o Serviço de Pronto Atendimento Virtual chegou a receber 1,2 mil pacientes por mês em fevereiro de 2020 e, em maio do mesmo ano, atingiu a marca de 20 mil pessoas assistidas mensalmente.
Contudo, embora a telemedicina tenha ganhado muita força no país, a regulamentação definitiva dessa ferramenta médica ainda está em discussão no Congresso Nacional Brasileiro.
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