A HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA (HPB) é caracterizada pelo crescimento nodular da próstata pela ação do hormônio testosterona. Trata-se de um aumento benigno deste órgão, portanto, diferencia-se do câncer. A HPB acomete 50% dos homens com mais de 50 anos e 90% dos homens com mais de 90 anos, sendo uma enfermidade de comum ocorrência e diretamente proporcional à idade do paciente. No homem normal, a próstata pesa cerca de 20g, chegando a crescer aproximadamente 4g por década em indivíduos com HPB. Por se localizar logo abaixo da bexiga e envolver a uretra, a próstata aumentada pode comprimir a uretra, diminuindo o seu calibre e dificultando a passagem da urina. A urina estagnada favorece o aparecimento de infecções e cálculos renais.
Aumento nodular da glândula prostática, com redução do calibre da uretra e consequente obstrução do fluxo urinário.
O tratamento pode ser medicamentoso, para retardar os efeitos da ação do hormônio ou cirúrgico e a opção entre os dois dependerá do paciente, tamanho da próstata e da presença de sintomas associados.
CAUSAS DA HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENÍGNA
As causas da HPB ainda são desconhecidas. Entretanto, acredita-se que vários fatores contribuam para o seu aparecimento, tais como idade, histórico familiar, presença de níveis elevados de hormônios masculinos (testosterona) e alterações genéticas.
COMO PREVENIR A HPB
A HPB está intimamente relacionada à idade do homem, porém, estudos determinaram a correlação entre o desenvolvimento da doença com fatores nutricionais. Sabe-se, por exemplo, que com o consumo de gorduras saturadas e zinco aumentam as chances de um paciente possuir uma HPB sintomática. O consumo de frutas tem efeito contrário. Outros fatores também são citados, como por exemplo, valores altos de PSA, doença cardiovascular prévia, obesidade e diabetes.
SINTOMAS DA HPB
A HPB sintomática apresenta um curso cíclico com períodos de melhora e piora espontâneo, também variando conforme a idade do paciente. É importante ressaltar que os sintomas da HPB são semelhantes aos de outras doenças do sistema urinário, sendo fundamental que o paciente procure um urologista para o correto diagnóstico.
DIAGNÓSTICO DA HPB
Para os indivíduos com sintomas miccionais, há vários tipos de avaliação:
COMPLICAÇÕES DA DOENÇA
A HPB apresenta baixo índice de mortalidade e complicações mais sérias ocorrem em percentual pequeno de pacientes. No entanto, se não for corretamente manejada, a próstata pode crescer a ponto de obstruir completamente o canal da urina, causando retenção urinária. O paciente com retenção urinária não consegue esvaziar a bexiga, sofrendo grande incômodo e resultando em infecções urinárias que podem se tornar sérias, levando o paciente à insuficiência renal e até mesmo óbito por infecção generalizada.
TRATAMENTO
O tratamento da HPB tem dois objetivos principais: o alívio das manifestações clínicas do paciente e a correção das complicações relacionadas ao crescimento prostático. O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico e a opção por um destes levará em consideração as condições clínicas do paciente, tamanho da próstata, danos causados ao aparelho urinário, gravidade dos sintomas, presença de complicações relacionadas à HPB e a preferência do indivíduo. Indivíduos com sintomas leves, sem alterações significativas de qualidade de vida e sem complicações podem ser observados, com acompanhamento regular. Já para aqueles com sintomas moderados ou severos está indicado o tratamento medicamentoso. Alguns indivíduos com sintomas graves e/ou complicações da HPB (retenção urinária persistente e refratária ao tratamento clínico, infecções urinárias freqüentes, dilatação do sistema urinário, sangramento urinário persistente e associação de cálculos ou divertículos na bexiga) são candidatos ao tratamento cirúrgico.
Atualmente, existem algumas opções cirúrgicas para HPB, sendo que a Ressecção Transuretral da Próstata (RTUP) é considerada o padrão-ouro no tratamento desta afecção. O procedimento consiste na retirada de fragmentos do tecido prostático e consequente desobstrução do fluxo urinário para alívio dos sintomas. A cirurgia é feita por via uretral, com a passagem de endoscópio pelo interior do pênis, sem necessidade de incisões, configurando-se como cirurgia endoscópica de mínima invasão. Por se tratar de um procedimento minimamente invasivo e menos traumático que a cirurgia aberta, a RTUP propicia menor tempo de hospitalização e recuperação do paciente com maior brevidade.
Esquema demonstrando o procedimento de RTUP, com a entrada do endoscópio pelo canal uretral e retirada do tecido prostático com uso de alça de ressecção.
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
UROLOGIA FUNDAMENTAL. Miguel Zerati Filho, Archimedes Nardozza Júnior, Rodolfo Borges dos Reis. São Paulo: Planmark, 2010. Vários colaboradores.
UROLOGIA MODERNA. Rodolfo Borges dos Reis, Stênio de Cássio Zequi, Miguel Zeratti Filho. São Paulo: Lemar, 2013.
PROTEUS: PALESTRAS E REUNIÕES ORGANIZADAS PARA A PREPARAÇÃO AO TÍTULO DE ESPECIALISTA EM UROLOGIA, SBU. 2ª ed. São Paulo: Planmark; 2017. Vários colaboradores.
Braulio | 22/06/2023 às 03:20
Muito bem esclarecido,eu lir todo o texto de grande importância para mim que estou fazendo esses exames!obg
Manuel Monteiro | 05/11/2022 às 18:21
Informação muito clara e objetiva, o que permite que as pessoas fiquem tranquilas e em função dos sintomas possam consultar médicos especialistas .
Abednego Lopes Santos | 23/02/2022 às 10:25
Venho por meio desta. Agradecer por estas informações que foram muito eficazes para eu. Tenho certeza que muito em a medicina irá adquirir informações importantes para a sociedade como um todo. Obrigado! Obrigado.......
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