O que devemos nos atentar ao adquirir um equipamento de Limpeza e Termodesinfecção?

CME
Tempo de leitura: 4 minutos

Ao iniciar um projeto de aquisição de equipamentos hospitalares, seja por motivos de substituição, ampliação ou até mesmo para estruturar um novo serviço/unidade hospitalar, o processo de dimensionar equipamentos, que determina a quantidade e os tipos de máquinas, e suas respectivas características técnicas, representa um grande desafio.
Nesse sentido, se partirmos do princípio de que os diferentes setores que compõem a estrutura de um mesmo serviço de saúde preservam diversas especificidades em relação às tecnologias e, consequentemente, essas inovações também possuem uma pluralidade significativa de características que estão em constante evolução e apresentam diversas opções no mercado.

Para melhor contextualizar o assunto, adotarei aqui, como exemplo, um equipamento de limpeza e termodesinfecção, comercialmente também conhecido como termodesinfectadora ou termodesinfectora. Na minha vivência, atuando com os profissionais de saúde, por diversas ocasiões, ao indagá-los sobre o volume e/ou tamanho de câmara da termodesinfectadora almejado nos seus projetos recebi a seguinte resposta: “ora, quanto maior, melhor!” ou, ainda: “se o seu portfólio apresenta mais de uma opção de tamanho de equipamento, inclua no projeto o maior!”. Frente a isso, te convido a refletir sobre a seguinte questão: será que tamanho realmente importa? Vejamos a seguir alguns pontos:

Será que tamanho realmente importa?

Dimensões totais x dimensões da câmara: construtivamente, os dispositivos acessíveis no mercado apresentam diferenças significativas entre marcas, projetos e modelos. Assim, ao compará-los, é preciso ter clareza entre aquilo que representa dimensão total, o que inclui a estrutura, os painéis e todos os compartimentos de alojamento dos elementos hidráulicos, mecânicos e/ou eletrônicos da máquina, bem como as dimensões da câmara de lavagem, representando o principal componente produtivo do equipamento e onde de fato ocorrerá o processo de lavagem e desinfecção. Muito embora esses dois componentes apresentem determinadas relações de proporcionalidade, um ponto a se ter em mente é: nem sempre a maior máquina terá o maior tamanho de câmara interna, tampouco terá a maior capacidade produtiva e vice-versa. Os outros componentes precisam ser avaliados conjuntamente a fim de compreendermos o que, de fato, o equipamento oferece em termos de produção.

Volume em litros x capacidade produtiva: juntamente às dimensões, as câmaras de lavagem também são comercialmente dimensionadas pelo seu volume interno em litros, razão calculada a partir da relação de dimensões e volume métrico cúbico interno. Apesar do conceito popularmente difundido de “quanto maior, maior a sua capacidade”, se posicionarmos lado a lado dois equipamentos com câmaras de 350 litros de marcas diferentes, não necessariamente esses terão a mesma capacidade de produção por ciclo de lavagem. Alguns aspectos podem ser citados para nos auxiliar a compreender melhor essa afirmação, dentre eles, o tópico a seguir apresenta um ponto de alta relevância.

Relação entre o volume da câmara e o da estrutura de lavagem (rack): o componente do equipamento onde os materiais são posicionados para serem submetidos à lavagem é o rack. Pode variar em função do material de destino (instrumentais, materiais de anestesia, laparoscópicos etc.) e do volume interno disponível na câmara do equipamento. Nesse sentido, tomando, como exemplo, um rack de instrumentais onde esses são dispostos em cestos DIN, quanto maior a capacidade de cestos do rack, maior será a produção proporcionada pelo equipamento. Embora isso nos pareça lógico, há projetos em que um dispositivo, com câmara de 350 litros, possui um rack interno com capacidade total para oito cestos. Não obstante, um outro equipamento com os mesmos 350 litros de outro fabricante pode ter um rack com uma capacidade maior ou menor a essa. Isso nos permite fazer a seguinte afirmação:

Nem sempre o tamanho ou o volume interno de câmara importam. Em muitos casos, o que realmente conta é: qual é o tamanho do rack interno do equipamento e, sobretudo, qual é a capacidade total de cestos/materiais que o dispositivo comporta por ciclo?



Exemplo de um rack de lavagem com capacidade para 12 cestos DINs por ciclo.

 

Exemplificando a afirmação anterior, bem como os tópicos apresentados, tomamos como referência o equipamento MAT LD500 da Matachana:
A termodesinfectadora MAT LD500 possui um volume total de câmara de 256 Litros. Muito embora, numa primeira avaliação, tal fato a coloque numa posição desfavorável em relação aos equipamentos equivalentes de outras marcas, com volume de câmara de 280 a 380 litros. Ao compará-los tendo em vista o volume produtivo, ou seja, quantos cestos DIN são capazes de processar por ciclo, o rack interno da MAT LD500 comporta de dez a 12 cestos (a depender do modelo do rack). Em contrapartida, os racks dos outros dispositivos citados, permitem lavar, em média, de seis a dez cestos, volume equivalente ou ainda inferior. Mas, como isso é possível? Vejamos as características a seguir do equipamento:

  • Design compacto e slim;
  • Projeto de câmara com melhor aproveitamento do espaço total, permitindo que o rack de lavagem ocupe a maior parte da sua área interna útil, minimizando “espaços mortos”;
  • Baixo consumo de água (15 litros/etapa de lavagem: deve-se ao fato de o equipamento possuir menos “espaços mortos”. Toda a água é direciona para onde realmente importa, a superfície dos materiais a serem lavados;
  • Bomba e jatos aspersores de alta pressão;
  • Baixa necessidade de saneantes: se o consumo de água é baixo, consequentemente, esse também será baixo;
  • Baixo gasto de energia: quanto menor for o consumo de água, menor a demanda de energia elétrica para aquecimento de água;
  • Alta produtividade: tempo de ciclo médio de 45 minutos, validado segundo a EN 15883;
  • Alta performance do sistema de secagem, evitando a necessidade do uso de cabines de secagem e outros recursos.

Em síntese, podemos concluir: tamanho nem sempre é documento. Em circunstâncias como as discutidas aqui, a produtividade é o que realmente importa. Essa pode ser maior em um equipamento que, visto por uma única ótica (volume de câmara), é aparentemente inferior, se comparado aos demais dispositivos da categoria.

Ficou com vontade de conhecer melhor o equipamento MAT LD500 ? Entre em contato com a gente.

Nenhum comentário ainda. Seja o primeiro.


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Posts
relacionados

A CME é o serviço responsável por processar os produtos para saúde (PPS) a serem utilizados em cirurgias e em diversos outros procedimentos no hospital.

CME

16/08/2022


A importância do trabalho da CME para segurança do paciente
Tempo de leitura: 4 minutos

A CME é o serviço responsável por processar os produtos para saúde (PPS) a serem utilizados em cirurgias e em diversos outros procedimentos no hospital.

Leia mais
Conheça os tipos de sujidade e quais são as indicações de detergente ideais para aumentar a eficiência da limpeza de instrumentais na CME.

CME

07/11/2019


Como escolher qual detergente usar na CME?
Tempo de leitura: 4 minutos

Conheça os tipos de sujidade e quais são as indicações de detergente ideais para aumentar a eficiência da limpeza de instrumentais na CME.

Leia mais
Investir em equipamentos eficientes pode garantir mais produtividade durante o reprocessamento de materiais médicos.

CME

14/06/2017


Como economizar tempo, espaço e aumentar a produtividade na CME
Tempo de leitura: 4 minutos

Investir em equipamentos eficientes pode garantir mais produtividade durante o reprocessamento de materiais médicos.

Leia mais