Atualmente, a medicina dispõe de diversos recursos para assistência e tratamento respiratório. O atendimento ao paciente pode ser por períodos curtos, como no caso da anestesia com intubação orotraqueal, ou durações maiores, sendo exemplo a ventilação mecânica assistida (invasiva ou não). Além disso, é necessário o uso de materiais para conectar os pacientes a estes equipamentos.
Por meio destes materiais é possível acessar as vias respiratórias do paciente e, assim, realizar a administração de oxigênio e outros gases em forma de micropartículas. Estes últimos são inalados, o que alivia os processos inflamatórios, conjuntivos e/ou obstrutivos, facilitando a oxigenação dos tecidos.
Apesar do benefício esperado, eventualmente, esses procedimentos podem trazer complicações aos pacientes, nesse sentido, a Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAVM) destaca-se como o tipo de infecção hospitalar, citada pela literatura como uma das principais causas de mortes nos hospitais (VILLAMÓN, 2015).
Considerando que boa parte dos materiais utilizados nesses procedimentos é reutilizável, garantir o correto processamento impactará na redução de um importante fator de risco para que os pacientes não venham desenvolver quadros infecciosos, pois, desta forma, reduziremos o contato deles com agentes contaminantes e microrganismos resistentes.
Levando em consideração a classificação de materiais previstos na (RDC nº 15/2012) e as Instruções de Uso do Fabricante (IUF) dos produtos utilizados nesses procedimentos, constata-se que por tratar-se de insumos tidos como semicríticos, ou seja, são materiais que apenas entram em contato com mucosas íntegras colonizadas. Após a limpeza, esses materiais devem ser submetidos no mínimo ao processo de desinfecção de alto nível e, para isso, as CMEs contam com duas alternativas (BRASIL, 2012):
Nesse processo, como principal característica, destaca-se a necessidade e obrigatoriedade do uso de um agente químico a fim de promover a desinfecção. Além deste fator, a legislação brasileira (RDC nº 15/2012) destaca, ainda, os seguintes pontos:
Além desses, como desvantagem, destaca-se o fato de que os desinfetantes químicos de uso manual causam muitos problemas ocupacionais aos profissionais de enfermagem, principalmente respiratórios e dermatológicos.
Agregado a tais fatores, é importante ressaltar que o descarte desses produtos também pode ser perigoso para os profissionais, bem como para o meio ambiente, devido às diluições utilizadas serem muito maiores, se comparadas com os produtos necessários na desinfecção automatizada.
Neste caso, a tecnologia mais comum empregada são as termodesinfectadoras. Como principal característica, além de realizarem a desinfecção propriamente dita, também realizam todas as demais fases do processo, incluindo a limpeza, enxágue e a secagem, fato extremamente positivo, pois além de automatizar muitas das etapas, minimiza a manipulação do material, reduz a sua exposição ao ambiente e garante a padronização, etapa difícil de se controlar no caso da desinfecção manual.
Além dos pontos acima, convém destacar que na desinfecção automatizada, as termodesinfectadoras não utilizam desinfetantes químicos, neste caso, o meio que proporcionará morte e redução da carga microbiana presente nos materiais será a própria temperatura da água. Uma vez limpos, os materiais ficarão em contato com uma água aquecida na faixa de 80 a 93°C por um determinado período (de 3 a 3000 segundos), a este processo de desinfecção térmica, nomeamos como conceito de A0 (A zero), segundo a norma ISSO 15883, parte 1.
O gráfico abaixo demonstra um exemplo de um perfil básico de um ciclo de termodesinfecção:
Figura 1. Exemplo de um ciclo de termodesinfecção automatizada
Se avaliamos os pontos destacados acima, veremos que a desinfecção automatizada possui muitas vantagens quando comparada à desinfecção manual, no entanto, mesmo reconhecendo seus benefícios, como solução para a limpeza e desinfecção, tanto dos instrumentais cirúrgicos convencionais, quanto dos materiais de anestesia e assistência ventilatória, por quais motivos ainda não as vemos com tanta frequência dentro das CMEs?
Um estudo de mercado realizada pela equipe de Marketing da Strattner evidenciou os seguintes pontos:
Além destes, como último e mais importante ponto destacamos: o Sistema de Secagem das Termodesinfectadoras, que nem sempre é efetivo, muitas vezes demandando por um complemento, podendo ser feito com pistolas de ar comprimido de rede, onde nem sempre utiliza-se ar medicinal tratado ou por meio do uso das secadoras de traqueias. Este último, embora represente um recurso efetivo, depende da aquisição de um segundo equipamento. Além deste ponto, há um risco muito grande de recontaminar o material, pois para transferi-lo ao mesmo, os materiais precisam ser manipulados e expostos ao ambiente, podendo comprometer todo o processo de termodesinfecção já realizado.
A MATACHANA, empresa líder mundial no seguimento de produtos de Health Care, dispõe da linha de equipamentos de Limpeza e Termodesinfecção com as Lavadoras termodesinfectadoras MAT LD500 e MAT LD1000.
Dentre as principais características da linha, há um rack especialmente projetado para garantir a devida acomodação dos materias de anestesia e assistência ventilatória:
Figura 2: exemplo gráfico do Rack de Anestesia e respiratório da MAT LD1000 - MATACHANA:
Além de preocupar-se com a conexão adequada dos materiais, garantindo, assim, a sua devida irrigação interna/externa, limpeza e desinfecção, um outro ponto extremamente importante que a MATACHANA se preocupou no projeto do equipamento foi quanto ao seu sistema se secagem:
Com sistema de turbinas e resistências de alta potência, o sistema de secagem das Lavadoras termodesinfectadoras MAT LD500 e MAT LD1000 é extremamente eficiente, garantindo que todos os tipos de materiais respiratórios saiam 100% secos, incluindo as traqueias e tubos corrugados dos circuitos respiratórios, promovendo muito mais segurança, produtividade e eficiência ao processo da sua CME. Além disso, minimiza a manipulação dos materiais, reduz a exposição destes a fontes de contaminação, contribui para a prevenção de infecções de pneumonias associadas à ventilação mecânica, bem como demais infecções hospitalares.
Saiba mais das soluções MATACHANA.
BRASIL, Resoluçao RDC ANVISA Nº 15, de 15.3.2012, “Dispôe sobre requisites de boas práticas para o processamento de produtos para saúde dá outras providências”.
VILLAMÓN, Nevot, María José Evaluación del cumplimiento de un protocolo de prevención de Neumonía asociada a Ventilación mecánica en una UCI polivalente. Enfermería Global vol.14 no.38 Murcia abr. 2015.
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