O Exablate Neuro é um equipamento que dispensa incisões cirúrgicas e usa a energia do som para tratar os sintomas de pacientes com tremor essencial, doença de Parkinson e dor neuropática.
Ana Gabriela Romboli, Especialista de Produtos da Strattner, acompanhou alguns procedimentos realizados em Centros de referência nos Estados Unidos (NY Presbyterian, Hackensack Meridian Health, Novant, UNC, Duke University, UVA e UPenn) que utilizaram o equipamento e conta um pouco do seu funcionamento: “o sistema conflui duas tecnologias, a ressonância magnética, por onde é feito o acompanhamento da temperatura e da imagem, e o ultrassom focalizado de alta intensidade (HIFU), responsável por realizar a ablação”.
A profissional explica que, após o preparo para o procedimento, o paciente é posicionado no equipamento de ressonância magnética com um capacete que possui mais de mil feixes de ultrassom - o mesmo utilizado em exames para acompanhamento da gravidez - que são focalizados em um ponto específico do cérebro. A energia do som é concentrada em um alvo específico e, essa concentração, promove um aumento de temperatura controlado e a consequente interrupção permanente da via cerebral causadora dos sintomas.
O procedimento que utiliza o Exablate Neuro, além de dispensar incisões cirúrgicas, é feito em ambiente ambulatorial, diminuindo o tempo de internação, riscos de infecção e morbidade hospitalar.
Para o paciente, o efeito é imediato, sem a necessidade de anestesia, implantes ou radiação ionizante, ou seja, a recuperação é praticamente imediata e o paciente pode viver sem os sintomas ganhando de volta qualidade de vida e independência. Com a redução de riscos de hemorragia, infecção e pelo fato de não ser um procedimento cirúrgico convencional (com incisões), uma parcela maior dos pacientes que não seriam elegíveis a procedimentos cirúrgicos tradicionais, seja pela idade ou outros quadros que comprometam os resultados, podem, agora, se submeter a essa terapia.
Já para a equipe médica, a ferramenta possibilita o acesso de um novo público de pacientes ao tratamento, agilidade, precisão e segurança. "O procedimento acontece com a pessoa acordada e colaborativa, viabilizando um constante feedback da melhora clínica quanto ao surgimento de possíveis efeitos secundários. Caso eles surjam, são observados e mitigados, otimizando o desfecho do paciente", explica.
A especialista finaliza ressaltando que a utilização de técnicas menos invasivas pode levar a uma diminuição nos custos de hospitalização e cuidados pós-operatórios, impactando positivamente no mercado da saúde.
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