O Câncer de Próstata é o tumor sólido não cutâneo responsável pela 2ª causa de óbitos por câncer nos países ocidentais. Segundo a organização mundial da saúde, no Brasil cerca de 61.000 novos casos foram diagnosticados no ano de 2016.
Segundo levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Urologia, 51% dos homens com mais de 45 anos não realizaram visitas ao médico recentemente, justamente na idade em que as doenças começam a aparecer. Dentre as razões justificadas para a não realização de exames periódicos estão a falta de tempo, o fato de se considerarem saudáveis e o medo de descobrirem doenças.
Com o preconceito que cerca o tema e a ainda escassa aderência às campanhas de conscientização, a prevenção não é feita e, com a negligência masculina com a própria saúde, a doença é diagnosticada tardiamente.
Os fatores genéticos têm grande papel na ocorrência desta doença e outros fatores como obesidade, sedentarismo e tabagismo também podem influenciar para o surgimento do câncer de próstata.
Sinais e sintomas do câncer de próstata são pouco específicos e podem ser confundidos com os sintomas presentes em outros processos que acometem a próstata, como por exemplo nos processos benignos de aumento desta glândula (hiperplasia prostática benigna) e nas inflamações (prostatites).
Os principais sintomas para estas doenças são a dificuldade para urinar, redução da quantidade de urina, acordar várias vezes durante a noite para ir ao banheiro, sensação de bexiga cheia mesmo após a micção, dor e ardência ao urinar, impotência ou dificuldade para manter a ereção e presença de sangue no sêmen.
A suspeita do Câncer de Próstata se dá através da sintomatologia clínica e pode ser confirmada através do exame de toque retal e níveis sanguíneos de PSA (antígeno prostático específico).
Toque retal: aproximadamente 80% dos tumores encontram-se na zona periférica da glândula prostática. Quando o volume dos nódulos é maior que 0,2ml, existe a possibilidade de realização de diagnóstico pelo exame digital do reto. Este exame fornece informações importantes acerca da textura e consistência do tecido prostático. Em 18% dos pacientes, o câncer de próstata é detectado pelo toque retal, independente da concentração sérica de PSA.
O antígeno prostático específico é um hormônio e pode estar aumentado em diferentes processos que acarretem em alterações na próstata. No entanto, níveis elevados deste hormônio estão associados a uma maior probabilidade de câncer de próstata e o diagnóstico preciso será obtido com a correlação entre o exame retal e os níveis de PSA.
consiste na retirada de pequenos fragmentos de toda a glândula prostática para avaliação tecidual. Indicada em casos em que o exame de toque retal e os níveis de PSA estejam fora da normalidade. O procedimento é realizado por via transretal ou perineal, com o auxílio do ultrassom, e é o único exame capaz de fornecer informações precisas com relação ao grau de agressividade do câncer de próstata.
Uma vez instalado, o tumor pode permanecer localização, quando não há extensão para estruturas adjacentes, ou localmente avançado, quando há invasão da cápsula, vesículas seminais e linfonodos regionais. Em casos mais graves ocorre o tumor metastático, com o acometimento de ossos, órgãos e linfonodos afastados da próstata.<br>
O tratamento do câncer de próstata varia de acordo com a localizado, grau de infiltração e expectativa de vida do paciente. As opções de tratamento incluem a vigilância ativa (não tratamento e monitoramento de pacientes sem risco de morte), braquiterapia (implantes prostáticos radioativos), radioterapia (aplicação de radiação ionizante), terapia focal (ultrassom focado de alta intensidade - HIFU) e cirurgia (prostatectomia radical aberta, videolaparoscópica e robótica).
A Sociedade Brasileira de Urologia preconiza que todos os homens com idade acima de 50 anos devam realizar o exame de PSA e toque retal. A recomendação é diferente para homens da raça negra ou com antecedente familiar da doença. No caso de algum parente de primeiro grau ter tido câncer de próstata, a consulta de 6 em 6 meses deve acontecer a partir dos 45 anos, visto que a chance de ter a doença é maior neste grupo. O limite para rastreamento é de 75 anos ou em homens com expectativa de vida menor que 10 anos.
A Strattner possui portfólio completo para o diagnóstico e tratamento dos tumores de próstata, com a linha de equipamentos para realização do ultrassom focado de alta intensidade, cirurgia laparoscópica e cirurgia robótica.
Referência Bibliográficas:
UROLOGIA FUNDAMENTAL. Miguel Zerati Filho, Archimedes Nardozza Júnior, Rodolfo Borges dos Reis. São Paulo: Planmark, 2010. Vários colaboradores.
UROLOGIA MODERNA. Rodolfo Borges dos Reis, Stênio de Cássio Zequi, Miguel Zeratti Filho. São Paulo: Lemar, 2013.
PROTEUS: PALESTRAS E REUNIÕES ORGANIZADAS PARA A PREPARAÇÃO AO TÍTULO DE ESPECIALISTA EM UROLOGIA, SBU. 2ª ed. São Paulo: Planmark; 2017. Vários colaboradores.
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