O uso da tecnologia traz mudanças significativas para o segmento da saúde. Atrelada à pandemia da COVID-19, a telemedicina conquistou mais espaço e se tornou uma modalidade muito usada. Tal recurso, teve a sua regulamentação decretada neste mês pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), com a resolução nº 2.314/2022. Além de melhorar os atendimentos e facilitar a troca de informações entre os pacientes e especialistas, a telemedicina otimiza os diagnósticos.

O modelo possibilitou que a população tivesse atendimento médico durante os meses de isolamento, evitando a circulação de pessoas no ambiente hospitalar durante o pico da pandemia.

Diogo Lima, Analista de Suporte e Governança TI na Stattner, conta que a regulamentação da telemedicina é um ganho e aproxima o profissional de saúde ao paciente. “O uso de quaisquer tecnologias deve ser visto de forma positiva, trazendo mais eficiência nos atendimentos e na gestão dos serviços de saúde”, afirma.

Proteção de dados e sigilo médico

Ao ser regulamentada, a prática traz mais segurança jurídica e fornece informações com diretrizes claras para o exercício pleno da medicina, oferecendo mais segurança aos envolvidos. Atrelado a isso, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi criada para proteger as informações e os dados dos brasileiros.

Segundo o Analista, para assegurar o sigilo médico, o paciente - ou representante legal - deve autorizar a divulgação de suas imagens entre outras informações contidas na plataforma de atendimento. Vale ressaltar que o teleatendimento precisa seguir as definições da LGPD quanto às finalidades primárias das informações

Apesar de só ter sido regulamentada recentemente, a telemedicina é reconhecida como um projeto promissor nos últimos anos, revolucionando a área e permitindo, por exemplo, que algumas regiões do país que carecem de sistema de saúde tenham acesso às consultas médicas. Apesar disso, Diogo afirma ser necessário ter a segurança como um dos principais pilares de seu crescimento. “É preciso haver um cuidado maior por parte das organizações em relação a informar os pacientes sobre o motivo da coleta de suas informações, para quem esses dados são repassados e qual a sua finalidade”, finaliza.