A endometriose ganhou os holofotes nos últimos dias, após a cantora Anitta afirmar que sofre com a doença. De acordo com o Ministério da Saúde, a enfermidade afeta mulheres em idade reprodutiva, e é causada pela presença do tecido endometrial na parte externa do útero, que, habitualmente, reveste a camada interna uterina. Segundo a Associação Brasileira de Endometriose (SBE), cerca de seis milhões de brasileiras sofrem com essa condição, que pode provocar fortes dores na região pélvica, perda de sangue e até infertilidade.
Reprodução: Instagram
Procedimento minimamente invasivo foi realizado pela cantora Anitta para tratar a endometriose
Ainda de acordo com a instituição, as causas para o surgimento são desconhecidas, mas existem algumas teorias, como a influência da genética. Para detectá-la, a associação pontua que é preciso realizar alguns exames, como ultrassonografia transvaginal, ressonância magnética e/ou laboratoriais. A laparoscopia é um dos procedimentos que pode, concomitantemente, confirmar e tratar a doença.
Segundo Juliana Nery, Especialista de Produtos em Cirurgia Minimamente Invasiva responsável pela Laparoscopia da Strattner, a técnica é realizada de maneira minimamente invasiva, com maior segurança, redução da dor e menor tempo de internação, proporcionando inúmeros benefícios ao paciente no pós-operatório. Entretanto, a indicação para realizá-la depende de cada caso.
“Não são todas as mulheres elegíveis ao tratamento cirúrgico, sendo este definido pelo médico ginecologista baseado no histórico e condições clínicas. A opção está presente no Sistema Único de Saúde (SUS) e toda a população tem acesso”, afirma.
Outro método que pode ser adotado para o tratamento da doença é a Cirurgia Robótica. Heloise Almeida, Especialista de Produtos de Cirurgia Robótica da Strattner, explica que tanto tal procedimento quanto a laparoscópica são técnicas minimamente invasivas, ou seja, estratégias diferentes de tratar alguma doença, mas com o mesmo objetivo. “Em ambas as alternativas são realizados pequenos cortes para a introdução de instrumentas cirúrgicos, ao contrário da cirurgia aberta, na qual é feita uma grande abertura”.
Heloise detalha que os pontos positivos do método são para o paciente e, também, para o profissional de saúde:
“Ao paciente, a robótica proporciona vantagens como baixo risco de infecção, menos perda de sangue, menor trauma intraoperatório com menos dor pós-operatória, além de uma recuperação mais rápida. Para o médico, há a ergonomia que a plataforma da Vinci oferece, possibilitando que o cirurgião opere sentado e com ajustes personalizados para que ele fique confortável. E, com as articulações EndoWrist, o especialista tem mais agilidade e facilidade de acessar os locais necessários no abdome da paciente”.
A profissional complementa: “Por meio dos sistemas da Vinci, disponibilizamos o que há de mais moderno na tecnologia da cirurgia minimamente invasiva e oferecemos inovação contínua, sempre buscando trazer as maiores novidades para os pacientes brasileiros”.
Sistema Cirúrgico Robótico da Vinci Xi
A importância de falar sobre a endometriose
Para Juliana, as redes sociais podem ser grandes aliadas do cuidado com a saúde. “Alguém como a Anitta divulgando sua experiência com a endometriose leva informação e conteúdo a milhares de pessoas, em um alcance muito maior que uma campanha ou ação de bairro”. Além disso, Heloise acredita que ao compartilhar sua jornada, a artista pode contribuir para que outras mulheres conheçam a patologia. “É essencial que se traga mais luz à essa doença que é tão comum”, finaliza.
Em caso de dúvidas, busque sempre orientação médica.
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