Conheça o tratamento da litíase renal complexa

Urologia
Tempo de leitura: 2 minutos

Minipercutânea em supina completa

endourologia evolui a passos rápidos para intervenções minimamente invasivas e mais seguras, que permitem ao paciente uma estadia hospitalar curta e dispensam o uso de cateteres e sondas. Estes objetivos se mostram desafiadores quando são avaliados casos complexos de litíase renal. 

Cálculos urinários volumosos ou múltiplos, localizados em cálices difíceis de acessar pela via retrógrada, anatomia renal desfavorável, limitações físicas e pacientes pediátricos impõem ao endourologista o uso de técnicas e ferramentas capazes de ultrapassar todas essas barreiras. 

Em nossa experiência de 25 anos realizando a endourologia foram mais de 16 mil casos operados. Acreditamos que a cirurgia renal percutânea segue o caminho da evolução com a miniaturização dos nefroscópios em conjunto com o refinamento da técnica. Esse avanço tecnológico somado à posição supina completa, representa o estado da arte do tratamento dos cálculos renais complexos. 

O posicionamento do paciente em supina completa se mostra cada vez mais consolidado. A “posição de Melchert”, nossa contribuição ao demonstrarmos que não são necessários coxins, acomodando o paciente em decúbito dorsal total, representa um avanço técnico que associa maior segurança e conforto para a anestesia, acesso simultâneo percutâneo e ureteroscópico e baixa infusão de líquidos. 

Em compasso de uma posição mais simples, segura e sofisticada, a miniaturização dos nefroscópios só é possível quando acompanhada de uma tecnologia robusta. Óticas de alta qualidade combinadas com a engenharia precisa dos materiais que permitem o fluxo contínuo de irrigação e drenagem possibilitam uma visão nítida e limpa do campo cirúrgico. Sistemas de irrigação projetados para funcionar em harmonia com o uso do canal de trabalho trazem um controle seguro da pressão intra-renal, bem como a possibilidade de remoção de pequenos fragmentos através do efeito de pressão negativa. 

Essas ferramentas alcançam elevado patamar e são escolhas de primeira linha com ampla utilização no tratamento de nossos pacientes. São instrumentos que podem ser reprocessados nos métodos convencionais de esterilização com grande durabilidade. 

Nos deparamos com uma linha de mininefroscópios com várias opções de diâmetro que se adequam a individualidade dos nossos pacientes. O mininefroscópio XS de 9,5 Fr. é ideal para o tratamento de cálculos em crianças, enquanto o mininefroscópio S de 12 Fr. possibilita o tratamento de litíases renais em cálices difíceis em que a cirurgia flexível pode ser inviável ou causar dano ao ureterorrenoscópio. O mini-nefroscópio M de 17,5 Fr. permite a resolução da grande maioria dos cálculos renais costumeiramente tratados com a percutânea convencional, com menor lesão do parênquima. 

Além do grande poder de resolução, a intervenção miniaturizada causa menos lesão, menor pressão intra-renal e evita a manipulação prolongada do ureter, culminando em baixas taxas de complicações. 

Em nossa experiência, o uso da minipercutânea em supina completa permite o tratamento adequado da litíase renal, dispensa o uso de nefrostomias e sondas vesicais, além da alta hospitalar em menos de 24 horas na quase totalidade dos casos que operamos. 

 

 

Dr. Edibert Melchert

Dr. Marcelo Schneider

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